O skateboarding brasileiro fechou o Campeonato Europeu de Slalom com pódios nas categorias Amador e Master, além de figurar no top 10 da Profissional. A competição aconteceu entre os dias 18 e 19 de maio, em Massy, comuna francesa localizada no sudoeste de Paris (FRA).
Na categoria Profissional, Thiago Gardenal teve como melhor resultado a quinta colocação nas disputas da Giant. Ele ainda foi o oitavo na Tight e o 12º na Hybrid. O skatista fechou a classificação geral na oitava posição.
“Foi legal pra caramba. A galera se empenhou. O time como um todo foi bem. O time Brasil está se unindo cada vez mais. A gente fazendo um trabalho bonito. Mostrando nosso potencial. Sempre com brasileiro despontando. Cada vez estamos evoluindo mais. Tenho certeza que na Itália (setembro) todo mundo vai estar bem afiado. Vamos pra cima que em 2024 ainda temos muito chão pela frente”, destaca Thiago Gardenal.
Entre os amadores, Pedro Frangulis fez pódio nas três modalidades de disputa. Foi campeão da Tight, formando dobradinha com Howard Weiss, terceiro colocado. A modalidade ainda teve André Gomez Rasta em sexto. Pedro Frangulis ainda terminou como terceiro colocado tanto na Hybrid quanto na Giant.
“Foi um fim de semana de muitas emoções. Chegamos com o tempo bom, mas a previsão era de chuva. No sábado pela manhã começou a chover e atrasou todo o evento. Só o Gardenal acabou competindo. A ansiedade foi lá em cima. A gente achando que não ia conseguir competir. No domingo, de manhã cedo, a gente viu uma postagem do organizador do evento com uma foto debaixo da ladeira e a ladeira estava alagada. O trecho mais baixo da ladeira, que passa embaixo do metrô. Aí ficamos bem preocupados mesmo: ‘Viemos até aqui. Não conseguir competir vai ser muito ruim’. Mas todo mundo manteve a concentração no que a gente tinha ido fazer”, comenta Pedro Frangulis.
“Acabaram fazendo uma das modalidades em um estacionamento de um mercado bem perto da ladeira. Mudou completamente o setup, o que a gente estava preparado. No fim foi a categoria que tive o melhor resultado. O Howard também. Fizemos pódio juntos. Fiquei muito feliz. E só descobrimos esse pódio na hora da premiação porque essa modalidade foi em um lugar diferente da ladeira então eles só anunciaram quem tinha feito o melhor tempo na premiação. O que foi uma surpresa muito boa ir para o pódio junto com meu camarada, o Howard, que também anda pra caramba. Depois o tempo melhorou e voltamos pra ladeira. Por pouco não fiquei em segundo no Giant. Agora é foco para tentar conseguir o primeiro lugar no final do ano no ranking amador para ano que vem passar para profissional pelo ranking da ISSA”, completa o skatista.
“Formamos esse time em 2022 como preparação para a competição do World Skate Games Argentina, desde então o grau de dedicação e esforço que esse coletivo tem mostrado só aumenta. A preparação física, técnica e mental que tivemos foi intensa, tanto isso quanto o resultado que atingimos só foi possível pois contamos com a ajuda de muita gente, família skateboard em peso, fazendo das tripas coração para nos dar suporte. O evento foi uma montanha-russa de emoções, onde a chuva, que veio com força, poderia ter feito todo esse nosso esforço ser “em vão”, mas acabou mudando o perfil da competição nos colocando pra bater de frente com a elite do mundo do Slalom. Tinha tudo pra dar errado, mas deu certo, voltei com minha medalha no peito e uma história que vai encher meus olhos de água pro resto da vida”, destaca Howard Weiss.
Na Hybrid, o Brasil teve André Gomes Rasta na quinta posição e Howard Weiss na sexta colocação. Na Giant, André Rasta foi o quarto e Howard Weiss o quinto.
Na classificação geral, os três brasileiros ficaram em sequência: Pedro Frangulis (3º), Howard Weiss (4º) e André Gomes Rasta (5º).
Na categoria Master, Fabio Dery Sprovieri colocou o skateboarding brasileiro no pódio com o segundo lugar na categoria Tight. Com um quarto lugar na Hybrid, ele terminou a competição com o segundo lugar geral. Por conta dos atrasos provocados pela chuva, não houve tempo para realização das disputas de Giant da Master.
“Não consegui realizar a prova do Giant. Só que em meio a tudo isso a gente acabou ficando feliz porque a gente conseguiu correr. Conseguiu fazer uma boa campanha lá. E estou muito contente de ter feito essa viagem. De ter representado o Brasil. E ter trazido um troféu de segundo lugar. Foi legal demais. Foi angustiante, mas valeu cada minuto, cada centavo e cada fôlego nosso lá”, completa Fabio Dery Sprovier.