Augusto Akio e Dora Varella abrem temporada do STU National com título em Criciúma

Japinha repete com Pedro Barros dobradinha de sucesso no Mundial. No feminino, campeã vibra com pódio que escapou em 2022

A temporada 2023 da modalidade Park do STU National, o circuito brasileiro de skate, começou com título em Criciúma (SC) para Augusto Akio e Dora Varella. No masculino, inclusive, um ano que se inicia promissor para Japinha e Pedro Barros, segundo lugar da etapa, que repetem a dobradinha de sucesso do Brasil no Mundial de Sharjah, nos Emirados Árabes, no mês passado, quando foram prata e bronze, respectivamente. No feminino, Dora era a imagem do alívio e da consagração pela manobra que acertou no fim e pelos pódios que escaparam em 2022.

Como de costume, pelo seu jeito cativante, o curitibano Augusto Akio já tinha conquistado a galera que lotou as arquibancadas do Parque Municipal Prefeito Altair Guidi. Com seus malabares, Japinha já se encarregava de entreter o público quando a chuva cismou em cair incessantemente pela manhã, atrasando a competição em uma hora. Praticante da yoga, ele diz que este é não só um hobby como também uma forma de se concentrar. E deu certo. Logo na primeira de suas quatro voltas de 45 segundos, cravou sua linha e ganhou a nota 86,00 dos juízes. Ninguém faria melhor.

“Seja no ambiente nacional ou internacional, nosso skate é puro. Todos estão aqui por causa dele. A gente compartilha de um mesmo ideal, o que só proporciona coisas boas, sorrisos, alegria, alto astral, e tudo isso traz energia para as pessoas. O nível é surpreendente, altíssimo, com manobras quase que inusitadas, que não eram vistas até pouco tempo e estão sendo executadas em linhas de campeonatos. O skate brasileiro está de parabéns. Foi uma competição de alto nível desde as eliminatórias. Todos sem segurar e mostrando o jogo mesmo. Na final não foi diferente”, vibrou, comemorando um ano fantástico até aqui.

Assim como nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o catarinense Pedro Barros também conquistou o segundo lugar em Criciúma, com a nota 85,00. Muito mais do que os ótimos resultados obtidos nos últimos tempos, o medalhista olímpico é um dos grandes defensores do skate brasileiro e levanta alto essa bandeira, para que todos possam vê-la e respeitá-la. Voz ativa no esporte, ele enaltece essa comunidade única que tem realizado sonhos e traçado seus ideais de uma forma muito lúdica. E comemora esse momento.

“A gente só faz o que ama, realizando um sonho que parecia tão distante da realidade. A gente sonha, mas, às vezes, têm pessoas que não acreditam junto com você. Graças a essa comunidade tão linda que a gente tem do skate, que sonha junto, estamos conseguindo construir e concretizar coisas que muitos achavam que não seria possível. Hoje, a gente vê uma festa como essa que é muito mais que um campeonato. É uma reunião dos amigos, uma celebração de vida, uma união de pessoas de todos os cantos. O skate é muito mais sobre isso. E a gente está aqui podendo respirar essa nossa essência”, desabafou.

No feminino, Dora e a manobra ‘Hell Flip Yndi’ que a levou ao topo

Por falar em essência, Dora Varella teve que reunir tudo o que sabe para, digamos, virar o jogo a seu favor. Era sua última chance e ela ocupava apenas a sexta colocação. Mas tinha uma manobra guardada. Na primeira tentativa, errou. Mas, como na última das quatro voltas há o rebate na primeira manobra, lá foi ela de novo para buscar a “Hell Flip Yndi”. E conseguiu, para delírio de todos os presentes. Mas ainda tinha uma volta inteira pela frente para acertar, senão não adiantaria de nada aquela pintura que acabara de fazer.

“Pensei: se eu der a mesma manobra e acertar, vai dar o quê? 3 décimos? Não adiantaria. Então, falei: ‘vai ter que ser agora’. E foi no rebate, com o incentivo da galera. Acertei, meio que saí de mim, nem sei o que passava na minha cabeça ali, porque não estava acreditando que deu certo, mas ainda tinha uma volta inteira para completar e tinha que me concentrar. No fim, foi lindo. Muito legal vencer a primeira etapa da temporada. Já estava incomodada, porque não peguei pódio do STU National no ano passado”, disse Dora, que, coincidentemente, foi quarto lugar nas três etapas de 2022.

Sua nota final? Um 68,83, superando por pouco a surpresa positiva Fernanda Tonissi, que terminou em segundo lugar, com 68,17. Agora, com 12 mil pontos, além dos 50 mil reais a mais na conta, Dora larga na frente no ranking 2023. Quem completou o pódio das meninas foi Isadora Pacheco (66,26), que, no sábado, tinha passado das semifinais com a melhor nota. A temporada promete! Daqui a duas semanas, de 16 a 19 de março, já entrará em cena a segunda etapa, em Porto Alegre (RS).

No Paraskate, título para Vini Sardi, que brilhou e levantou a galera

Por fim, Criciúma vibrou também com o Paraskate, pela primeira vez na cidade catarinense. Nove paraskatistas mostraram por que perseverar na vida e no esporte é a melhor saída. Nove lições e histórias de superação sobre o shape, que encantaram aqueles que tiveram a oportunidade e a honra de assistir. O paulistano Vini Sardi, com a nota 69,46, foi o campeão da etapa, mas, no fundo, todos saíram ganhando ali. Dentro e fora da pista.

“Primeiramente, quero agradecer por estar aqui pela primeira vez e ao STU pela parceria com o Paraskate. E a essa galera que compareceu em massa e mandou uma energia muito grande pra gente ali na pista. Estou muito feliz por ter acertado minhas manobras sem errar as linhas, fruto de muito treino e dedicação. Temos cada vez mais paraskatistas chegando na cena, é uma nova geração com crianças que, com certeza, daqui a alguns anos, estarão no nosso lugar. Estamos propagando o Paraskate e a gente vê o nível subindo nos campeonatos, com as notas de corte cada vez maiores. E é isso que a gente precisa para uma futura Parlimpíada”, afirmou Vini Sardi.

A primeira etapa de 2023 do STU National contou com patrocínio do banco BV, um dos maiores bancos do país, que apresenta a plataforma STU, e da Monster Energy, e é homologada pela CBSk. Foi viabilizada pela Prefeitura através da Fundação Municipal de Esportes de Criciúma e teve como parceiro especial o Nações Shopping (Almeida Júnior), além dos parceiros oficiais Baw, Drop Dead, Rock City, UNESC e Nissan Vip Car.

CLASSIFICAÇÃO FINAL PARK MASCULINO

1 – Augusto Akio – 86,00

2 – Pedro Barros – 85,00

3 – Pedro Carvalho – 84,00

4 – Kalani Konig – 82,67

5 – Mateus Guerreiro – 81,83

6 – Luigi Cini – 80,33

7 – Vinícius Kothe – 79,60

8 – Pedro Quintas – 75,00

CLASSIFICAÇÃO FINAL PARK FEMININO

1 – Dora Varella – 68,83

2 – Fernanda Tonissi – 68,17

3 – Isadora Pacheco – 66,26

4 – Sofia Godoy – 65,04

5 – Raicca Ventura – 64,63

6 – Erica Leguizamon – 62,67

7 – Yndiara Asp – 60,00

8 – Maitê Demantova – 52,42

CLASSIFICAÇÃO PARASKATE

1 – Vini Sardi – 69,46

2 – Ítalo Romano – 65,83

3 – Tony Alves – 55,67

4 – David Soares – 45,67

5 – David Courty – 44,00

6 – Adriano Feitosa – 43,17

7 – Nando Araújo – 42,33

8 – Igor Brilha – 38,97

Fotos em anexo: Julio Detefon/Divulgação STU

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Assessoria de imprensa do STU 2023 
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Por Sagaz

/// Diretor de Arte por profissão e Skatista da vida. Conhecido como Julio Sagaz no Vale do Paraíba/SP, skatista overall desde 1995, passando pelas marcas Ramp Real Street/Santos, Posso! Caçapava, Posso/Adidas, Posso/RedNose e DoubleM. Atualmente é diretor da agência de publicidade e criador do maior portal de skate do vale do Paraíba a Skate Vale Brasil. O portal se destaca não apenas por divulgar os principais picos de skate, pistas, principais eventos e talentos do skate, mas também por ser a única mídia de skate que inclui LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) em sua plataforma, promovendo a inclusão e acessibilidade. 🛹💥🤟🌎📌📸 #juntossomosmaisfortes #skatesalva #mapadaspistas #valedoparaibasp