Skatista olímpico, que já tinha vencido a primeira etapa, em Belo Horizonte (MG), repete a dose na Praia do Cepilho, em Trindade, Paraty
Assistir a qualquer competição de skate, seja em que tipo de pista for, já é eletrizante e empolgante. Para um skatista, o artista do espetáculo, nem se fala, porque o nível de adrenalina é sempre muito alto. E quando o cenário escolhido é um lugar paradisíaco como a Praia do Cepilho, em Trindade, Paraty, tudo fica ainda mais inspirador. Que o diga Luiz Francisco, o Luizinho, campeão de mais uma etapa do Mini Ramp Pro Attack, desta vez dentro dos Jogos de Verão.
Neste domingo (27/11), um dos representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 jogou sal na pista, como costumam dizer os praticantes de skate. Debaixo de um sol de rachar, ele deixou o ambiente ainda mais quente com o que mostrou para o público, que lotou as arquibancadas. Apesar da qualidade absurda dos oito finalistas, o fim de semana acabou polarizado entre ele e Caíque Silva, que, na véspera, avançou com a maior nota da semifinal, com Luizinho em segundo.
“O Caíque é mini rampeiro nato. E desde que chegamos já tinha falado para ele que ia brincar na pista. Daí ele respondeu que ia brincar legal, então. Ontem, ele passou na frente, com a melhor nota, e disse a ele que não ia dar mole na final, não. No fim, ele virou pra mim e disse: ‘Pô! Hoje você apelou!” Só resenha, coisa boa, o skate é isso, é amizade. Foi um nível altíssimo de todos, não tenho o que falar. A gente já sabia o que vinha pela frente”, desabafou Luizinho.
Ele já havia vencido a primeira etapa do Mini Ramp Pro Attack, realizada em Belo Horizonte (MG). Agora, repetiu a dose em Paraty, campeão com a nota 87,23. Caíque Silva terminou em segundo lugar (83,21), com Mateus Hiroshi completando o pódio, com a nota 81,94. Um dos skatistas mais completos da cena, por andar no Park, no Street, no Vertical e no Mini Ramp, Luizinho se superou após uma queda no sábado, em que chegou a machucar o cotovelo.
“Falar de lesão, eu até já cansei, isso acontece. Como falei antes, a mini rampa é um terreno veloz, pequeno, então é difícil andar da forma como eu ando, rápido e alto. Mas tenho que me adaptar”, disse. “Nunca tinha vindo a Trindade, que é um paraíso. E moro em Lorena (SP), que é pertinho daqui, a mais ou menos uma hora e meia de carro. Muita gente que é daqui, às vezes, vai andar lá na minha cidade. Ter essa oportunidade de estar aqui e conhecer o pessoal local é muito legal. Só tenho a agradecer pela receptividade”, completou.
Amadores e profissionais brilham no Stand Up na Praia do Rancho
Mas o domingo dos Jogos de Verão em Trindade começou pela Praia do Rancho, com a disputa do Stand Up Race. Profissionais e amadores, num total de 16 competidores entre mulheres e homens, largaram juntos. Os amadores tinham que dar apenas uma volta passando pelas três boias, totalizando três quilômetros. Já os mais experientes precisavam completar três voltas, exatos nove quilômetros. O sol brilhava forte e nem mesmo o mar agitado foi capaz de diminuir o ímpeto e a empolgação dos participantes.
O primeiro a cruzar a linha de chegada entre os amadores, com o tempo de 12m44s, foi Maick Walace, advogado, natural de Ubatuba (SP). Aos 45 anos, ele rema desde os 36 e aproveitou para incentivar aqueles que se sentem velhos para iniciar no esporte.
“Eu remo desde 2014, faço Stand Up, tanto Race como Wave, e canoa havaiana também. Há algum tempo não remava na Race, estou mais focado na canoa esse ano, mas vim para curtir e aproveitar o evento. A raia aqui é muito boa, apesar da dificuldade com a ondulação lateral, que acabou trazendo um nível técnico maior para a prova. Iniciei com 36 anos e fica aqui o recado para aqueles que se acham velhos para começar a remar. Tenho amigos que debutaram depois dos 60 e estão remando muito bem”, declarou Maick.
Já entre os profissionais, quem levou a melhor foi Helbert Ramon, de 32 anos, também de Ubatuba, que completou a prova em 35 minutos. Ele pratica o Stand Up há pouco mais de um ano, mas se familiarizou com o esporte por ser pescador e, por isso, estar habituado a andar de canoa caiçara.
“Sempre tive o costume de remar canoa caiçara, que é de madeira e mais pesada. Como o movimento é muito parecido, também com remada em pé, já tenho essa prática desde moleque. A diferença é que a canoa é muito mais pesada e o remo, também. Só agreguei a técnica, porque os movimentos são outros, mas a resistência no Stand Up é menor”, explicou. “Pegamos muita ondulação lateral e ondas fortes no fim para chegar à praia. Foi uma prova bem dura pela condição do mar”, completou.
Os Jogos de Verão, evento idealizado pela Rio de Negócios, realizado de 2015 a 2018 e, agora, de volta ao calendário de esporte do Rio, terão sequência no próximo fim de semana, em Cabo Frio, com a corrida de rua e a natação no mar. Esta 5ª edição, intitulada de “Viva o Reencontro”, será finalizada em Niterói, nos dias 10 e 11 de dezembro, com outras três modalidades esportivas: vôlei, beach tennis e basquete 3×3. Reforçando que a plataforma tem três pilares como base de suas ações: Esporte, Comportamento e Qualidade de Vida.
RESULTADO FINAL MINI RAMP PRO ATTACK
1º) Luiz Francisco – 87,23
2º) Caíque SIlva – 83,21
3º) Mateus Hiroshi – 81,94
4º) João Pedro Monteiro – 78,07
5º) Miguel Oliveira – 74,66
6º) Matheus Mello – 72,25
7º) Pedro Quintas – 69,50
8º) Hugo Muntezuma – 66,72
RESULTADO FINAL SUP AMADOR MASCULINO
1º) Bianca Durand Evans – 15m58s
2º) Scarlett Miranda – 16m25s
3º) Renata do Valle – 23m15s
RESULTADO FINAL SUP AMADOR FEMININO
1º) Maick Walace – 12m44s
2º) Edson Lemes – 15m50s
3º) Leandro do Carmo – 17m39s
RESULTADO FINAL SUP PROFISSIONAL MASCULINO
1º) Helbert Ramon – 35m00s
2º) Jorge Soares – 35m42s
3º) Jefferson dos Santos – 35m56s
RESULTADO FINAL SATND UP PROFISSIONAL FEMININO
1º) Paula Rodrigues – 37m44s
Fotos Mini Ramp: Vinícius Branca/Divulgação
Fotos Stand Up: Pedro Gelio/Divulgação
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