Até a morte desacredita

Muito comum ouvir da galera de fora da bolha que skate é coisa de criança e adolescente, ouvimos tanto que até muitos acabam se assumindo como um eterno adolescente. A questão em si é que vamos continuar remando, e remando, e remando, até chegar num momento que até a morte desacredita que estamos facilitando tanto o trampo dela.

O que as pessoas que não são do skate ainda não entenderam é que o skate não é só mais um esporte! Pode comparar com o futebol, atletismo e o que for, o skate só existe até hoje por conta do life style em si, que é o que pega os skatistas pela alma e nos mantém preso a tudo o que envolve o skate.

Uma opinião pessoal é que, de verdade, o skate hoje está nas olimpíadas e está bombando, nas próximas provavelmente também será um BOOM, porém eu não sei se essa pegada dura por três Olimpíadas, sabe o porquê? Porque o skate Olímpico está aos poucos transformando skatistas em pessoas sem essência, e isso afasta os demais skatistas, de verdade, eu não quero ver um campeonato que está rolando com um bando de pessoas que nem se consideram skatistas, mas sim atletas.

A culpa da perda da essência é dos skatistas que estão competindo? Não! É exatamente das pessoas que estão de fora e a mídia não especializada, que geram um clima de clubismo em cima dos skatistas.

Você discorda de mim? Bom, vamos lá, até então existia um “código”, onde ninguém torcia pela queda dos outros durante um campeonato, pois sabemos o quanto isso pode ser perigoso e porque queremos ver as manobras mais monstras e realmente definir quem foi o melhor, normalmente as tretas eram por pontuação, que é uma outra história.

Mas… Recentemente Pâmela Rosa postou em seu Twitter a mensagem de que “Torcer para o skatista cair não é Skateboard”, ou algo parecido, mas a mensagem é essa. Sabe o que rolou nos comentários? Pessoas de fora do skate xingando a Pâmela com frases do tipo “Competição é assim mesmo!”, “Quer competir nas Olimpíadas, mas não gosta da torcida adversária?” ou mesmo “Se não aguenta a pressão é melhor parar”, isso ai, eu fucei em alguns dos perfis e nem de skatistas eram.

E enquanto as mídias não especializadas não se preocuparem em tentar entender e repassar qual é a essência do skate, ou o que afinal é o tal life style do skate, pode ter certeza, o skate Olímpico tende ao fracasso. Só deixando uma observação também, que se você é de uma mídia especializada e entrou nessas só para agradar SEO, com todo o respeito, você se tornou mais um. Honre suas raízes no skate, sempre vencemos pela união e não por agradar otários de fora que só querem achar que entendem algo do skate.

Sim, colocamos aí dois opostos, uma pessoa que entende o Life Style do skate e um bando de inútil que nem tem ideia do que é um coping, mas para esses inúteis eu deixo a certeza de que nós skatistas vamos continuar andando de skate, mesmo ele ascendendo ou decaindo, sempre estaremos andando de skate vamos andar tanto que até a morte desacredita. #eusouskatista

/// FONTE HELIO GRECO
Skateboarding

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Por Sagaz

/// Diretor de Arte por profissão e Skatista da vida. Conhecido como Julio Sagaz no Vale do Paraíba/SP, skatista overall desde 1995, passando pelas marcas Ramp Real Street/Santos, Posso! Caçapava, Posso/Adidas, Posso/RedNose e DoubleM. Atualmente é diretor da agência de publicidade e criador do maior portal de skate do vale do Paraíba a Skate Vale Brasil. O portal se destaca não apenas por divulgar os principais picos de skate, pistas, principais eventos e talentos do skate, mas também por ser a única mídia de skate que inclui LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) em sua plataforma, promovendo a inclusão e acessibilidade. 🛹💥🤟🌎📌📸 #juntossomosmaisfortes #skatesalva #mapadaspistas #valedoparaibasp