Rayssa, Pâmela, Felipe Gustavo e estrangeiros reforçam importância do STU Open Rio

Atletas da modalidade Street conversaram com a imprensa na manhã deste feriado e debateram assuntos importantes para o skate

Redes sociais, saúde mental, competições pós-Olimpíada, Super Crown (etapa final da Street League Skateboarding, no Rio de Janeiro, em novembro) e, claro, expectativas para a disputa do STU Open Rio. Estes foram os assuntos que dominaram a coletiva de imprensa com seis dos principais skatistas, brasileiros e estrangeiros, na manhã desta quarta-feira (12/10), na Praça Duó, na Barra da Tijuca. Um bate-papo bem interessante com Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Felipe Gustavo, três dos nomes do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, além da australiana Chloe Covell, do americano Jake Ilard e do canadense Matt Berger.

A competição começa nesta quinta-feira (13/10), com as eliminatórias do naipe masculino, quando 51 skatistas, divididos em cinco baterias, lutarão por apenas 13 vagas para se juntar aos 19 pré-qualificados pelo ranking nas quartas de final de sexta. Assim, forma-se um grupo de 32 nomes que buscarão a classificação para as semifinais de sábado. Já as meninas só entram em cena na sexta, direto das quartas de final, quando 17 nomes vão brigar por oito vagas para a semifinal e se juntarão a outras oito pré-qualificadas pelo ranking, entre elas justamente Pâmela Rosa e Rayssa Leal. Confira abaixo o que eles disseram na coletiva:

RAYSSA LEAL (BRA)

Expectativa
: “Estou muito feliz de estar aqui com todos. O STU Open Rio vai ser o campeonato mais irado do ano. Depois do Park, agora teremos o Street, um evento grandioso para o nosso skate. A gente está conseguindo abrir essa porta do skate brasileiro para os estrangeiros e para as meninas também. Estamos treinando muito, a pista está muito boa, mudaram algumas coisas em relação ao ano passado e a expectativa só aumenta a cada dia. Tenho certeza de que essas arquibancadas vão estar lotadas. A torcida ajuda muito, passa aquela energia. A gente acaba jogando e arriscando mais nas manobras, porque nos passam aquela confiança mesmo. Fico feliz de poder mostrar meu skate aqui com toda minha família presente e para pessoas que também vêm aqui para conhecer um pouco mais do nosso esporte”.

Saúde mental: “Tenho acompanhamento com psicóloga, que é a Gi (Gissele Serra Angeliéri), o que é muito importante, melhorou bastante minha cabeça. Antes, ficava bem mais nervosa. Não parecia, porque é como se eu estivesse num parque de diversão, mas, depois da Olimpíada, tudo mudou, ficou tudo mais fácil, por conta desse trabalho que passei a fazer. Foi uma das melhores coisas eu ter começado essa terapia. Sou muito novinha e tudo está acontecendo muito rápido. Hoje em dia, estou bem mais leve, me divertindo bem mais na pista, aprendendo manobras novas. Acho que todo mundo deveria fazer um acompanhamento como esse, ainda mais do jeito que está a sociedade depois da pandemia. Nossa geração precisa disso”.

PÂMELA ROSA (BRA)

Expectativa
: “É muito gratificante para nós, skatistas brasileiros, um evento desse porte, com uma estrutura que a cada ano que passa só aumenta. O STU é isso, sempre fazendo muito pelo skate. E é muito bom vermos pessoas de fora vindo participar. Muito feliz de estar aqui e poder representar o skate. Tenho certeza absoluta de que não só o STU Open como a Street League, que teremos na sequência, em novembro, serão um sucesso aqui no Rio. O mais legal disso tudo é que os estrangeiros sempre viram pra gente e dizem que nunca viveram isso, nunca sentiram essa torcida no skate. O público vem mesmo para jogar nossa energia lá em cima. A expectativa é muito grande”.

Saúde mental:  “É o que sempre falo: o nosso entorno é muito importante em relação a isso. Essa coisa de rede social envolve muito o nosso dia a dia, a nossa cabeça. Temos pessoas ao nosso lado para que tudo flua naturalmente, tudo para que possamos fazer o que a gente ama da melhor maneira possível.  Precisamos trabalhar sempre a mente”.

Agradecimento: “Queria agradecer a todos, principalmente ao STU, pelas pessoas incríveis que estão sempre ao nosso lado e fazem as coisas acontecerem. Nós, skatistas, queremos ser comandados por skatistas. Então, acho que o momento é bem nítido. Que a gente tenha apenas pessoas que possam nos ajudar e nos levantar ainda mais”.

FELIPE GUSTAVO (BRA)

Expectativa
: “Com certeza, esse é um dos maiores campeonatos que temos, com uma estrutura muito grande e que chama muito a atenção. Tanto que está vindo uma galera muito boa, da Austrália, dos Estados Unidos, da Europa… O nível será muito alto e a competição, irada. Os campeonatos no Brasil sempre trazem muito público, muita energia, muito mais torcida do que em qualquer outro lugar do mundo. E é sempre bom podermos representar o nosso país. Dentro da nossa casa, melhor ainda”.

Respeito pelo skate: “Há três anos que não temos um grande evento mundial de Street aqui no Brasil, como esse da SLS que teremos no mês que vem. O skate foi sempre bem independente das Olimpíadas, sempre tivemos os nossos próprios eventos, nossa própria liga. Acho que os Jogos Olímpicos foram como uma cereja no bolo pra gente. Mudou também o respeito que a galera tem por nós. O skate tem que ser tratado como NBA, futebol… A Olimpíada mudou muito essa visão das pessoas para o nosso esporte. Até mesmo aquele público que entendia pouco de skate passou a nos reconhecer. Antigamente, era tudo meio marginalizado. Hoje, somos reconhecidos pelo que fazemos”.

Poucos eventos: “Hoje em dia, os eventos de Street no Brasil são tão visualizados quanto os de Park. Pra gente, que esteve na Olimpíada, foi até bom o número de competições ter diminuído, porque, até bem pouco tempo, estávamos em uma competição atrás da outra, lutando por pontos para disputar os Jogos, muita viagem, tudo muito desgastante. Então, ter menos eventos neste ano foi até bom para darmos uma descansada, limpar a mente e poder treinar com menos pressão”.

CHLOE COVELL (AUS)

Expectativa
: “Espero me dar bem aqui no Rio. É sempre muito bom estar com os amigos nas competições e andar com eles, meninos e meninas, em todos os lugares. Estou gostando muito do Brasil e tenho me divertindo”.

Poucos eventos: “É bom termos essa pausa dos campeonatos, diminuição de eventos, na verdade, para podermos descansar. Porque, realmente, andamos de skate pra caramba, é o que gostamos de fazer, mas são muitas viagens e adaptações a fusos horários”.

JAKE ILARD (EUA)

Expectativa
: “Minha expectativa para a competição é a melhor possível. Espero me divertir na companhia dos principais skatistas e paraskatistas do Brasil e do mundo. E não posso deixar de falar que vocês têm aqui um excelente açaí também (risos)”.

Poucos eventos: “Esse momento atual, com menos competições rolando, é bem menos estressante pra nós, skatistas de Street, porque estamos conseguindo descansar mente e corpo. E até de andar mais na rua, sem compromisso e sem receio de se machucar”.

MATT BERGER (CAN)

Expectativa
: “Sempre que venho ao Brasil chego com ótimas expectativas e vejo que aqui, em mais um STU Open, não será diferente. A área de Street foi bem melhorada em relação à última vez que estive aqui. Não temos muito como errar, ainda mais num evento em frente à praia (risos)”.

Pouco eventos: É claro que é muito bom ter esse descanso e mais tempo para nós, sem toda aquela pressão de termos que ter bom desempenho. Digamos que é um momento refrescante. E é ótimo vir ao Rio sem a pressão de ter que correr atrás da pontuação olímpica. Vamos procurar aproveitar, competir e curtir também”.

O STU Open Rio é apresentado pelo banco BV e patrocinado pela Monster Energy e pela OI. Tem o TikTok como Media Partner e a Tiger como cerveja oficial do evento. Windsor e LSH by Own são os hotéis oficiais. É homologado pela CBSk, tem apoio do Canal Off e da Drop Dead e apoio institucional da Subprefeitura da Barra da Tijuca e do Comitê Olímpico do Brasil.

PROGRAMAÇÃO:

13/10 (quinta)
9h às 12h30 – Treinos oficiais Street masculino
12h30 às 18h20 – Eliminatórias Street masculino
18h20 às 20h20 – Treinos oficiais Street feminino

14/10 (sexta)
9h às 10h – Treinos oficiais Street feminino
10h às 13h – Quartas de final Street feminino
13h30 às 14h50 – Treinos oficiais Street masculino
14h50 às 18h50 – Quartas de final Street masculino

15/10 (sábado)
10h às 11h – Treinos oficiais Street feminino
11h às 12h – Treinos oficiais Street masculino
12h às 14h50 – Semifinais Street feminino
14h50 às 17h40 – Semifinais Street masculino

16/10 (domingo)
12h15 às 13h30 – Treinos oficiais Street feminino
13h30 às 14h15 – Treinos oficiais Street masculino
14h15 às 16h – Final Street feminino
16h15 às 16h45 – BV TRICKS
17h às 19h15 – Final Street masculino
19h15 às 19h45 – Cerimônia de premiação

/// FONTE – SMG – Assessoria de Imprensa 

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Por Sagaz

/// Diretor de Arte por profissão e Skatista da vida. Conhecido como Julio Sagaz no Vale do Paraíba/SP, skatista overall desde 1995, passando pelas marcas Ramp Real Street/Santos, Posso! Caçapava, Posso/Adidas, Posso/RedNose e DoubleM. Atualmente é diretor da agência de publicidade e criador do maior portal de skate do vale do Paraíba a Skate Vale Brasil. O portal se destaca não apenas por divulgar os principais picos de skate, pistas, principais eventos e talentos do skate, mas também por ser a única mídia de skate que inclui LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) em sua plataforma, promovendo a inclusão e acessibilidade. 🛹💥🤟🌎📌📸 #juntossomosmaisfortes #skatesalva #mapadaspistas #valedoparaibasp